Talvez a gente nem perceba, mas os juros simples fazem parte da nossa vida em vários momentos dela. Pode ser em aplicações financeiras ou em compras parceladas, eles estão presentes como método de correção da dívida ou investimento. Por esse motivo, saber como eles funcionam faz parte da evolução pessoal de cada um em sua educação financeira.

Com os juros simples fazendo parte da nossa vida econômica, a pessoa que sabe operar com eles a seu favor, estará sempre ciente de suas finanças e objetivos e mais longe das contas no vermelho. Vamos conhecê-los um pouco melhor?

O que são os juros simples?

Os juros simples nada mais são que uma porcentagem aplicada a um valor inicial para a sua correção em um certo período. Por se tratar de juros simples, o cálculo resulta no mesmo valor utilizado mês após mês.

Resumindo, seu conceito tem como base o valor de uma parte, que é conhecida como credor, e que empresta seu dinheiro para outra parte, conhecida como devedor. Essas partes podem ser uma pessoa, uma empresa ou uma instituição financeira.

Esse valor recebido pelo credor funciona como uma remuneração utilizada entre os agentes do mercado sempre que acontece um deslocamento temporário do capital.

Sendo assim, os juros simples são utilizados para calcular o retorno de várias operações financeiras.

Um exemplo:

Supondo que você emprestou R$500,00 para um amigo e ele lhe devolveu em cinco parcelas de R$110,00, no momento que for quitar a dívida, você terá R$550,00. Esses R$10,00 que seu amigo pagou a mais em cada parcela representam a aplicação de juros simples.

Tecnicamente, os juros simples nada mais são do que uma forma para os credores serem recompensados pelo valor e pelo tempo em que o seu dinheiro está nas mãos de outra pessoa ou instituição.

Para que servem os juros simples?

Como vimos, sua função principal é remunerar os credores que fornecem o capital utilizado, fazendo a economia girar. Para a economia, a remuneração oferecida a quem empresta o dinheiro não existe à toa.

Vamos entender melhor para que servem os juros simples, mas primeiro é preciso falar sobre a inflação e o que ela representa.

No Brasil, o IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), mede o índice inflacionário que descreve a desvalorização proporcional da moeda brasileira em certo período. Isso significa que o dinheiro automaticamente terá sua desvalorização enquanto estiver sob tutela do devedor.

Para isso, os juros devem ser maiores que a inflação, para que volte um valor bruto, no mínimo equivalente para que o credor não saia no prejuízo.

Também existe um risco para qualquer empréstimo de capital realizado, e pelo fato do investidor ter se arriscado, ele deve ser recompensado financeiramente.

Os juros simples são usados no dia a dia por bancos, financeiras, lojas que trabalham com crediário e também para calcular a rentabilidade de ativos em investimentos.

Como calcular a taxa de juros simples

Vamos ver como funciona o cálculo do juros simples na prática.

A fórmula básica da taxa de juros é:

  • J= Juros
  • C= Capital
  • i= Taxa
  • t= Tempo

J = C · i · t

Se a matemática não for muito um de seus fortes, detalhamos dois modelos de cálculos de juros para entender melhor o processo. Veja abaixo

Como fazer cálculo de juros ao mês?

Vamos substituir as letras da fórmula pelos valores numéricos.

Nesse exemplo, vemos uma situação hipotética em que a pessoa realizou um investimento de R$10 mil em uma aplicação que pré fixou uma taxa de retorno de 7% ao mês.

Agora, vamos saber qual valor estará disponível para ela sacar no fim do contrato de 24 meses.

Sendo assim, temos:

C = 10.000 | i = 0,07 | t = 24

J = C · i · t

J = 10.000 · 0,07 · 24

J = 16.800.

Pronto, agora você já sabe um pouco melhor o que são os juros simples e como eles afetam a sua vida!