A Eletrobras divulgou na última segunda-feira (16), os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia alcançou um lucro líquido de R$ 2,716 bilhões no período.

A partir disso, foi possível constatar uma alta de 69% na comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, o resultado sofreu impulso pelo desempenho financeiro, com destaque para o efeito positivo da variação cambial, e alta de 12% da receita bruta.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros da Eletrobras

Durante o 1º trimestre de 2022, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) IFRS reduziu 2,7% no 1T22. E assim, totalizou R$ 3,752 bilhões.

Enquanto isso, a margem Ebitda chegou a 41% no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 6,1 p.p. na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Ao mesmo tempo, a receita líquida foi de R$ 9,181 bilhões no 1T22. Em suma, o valor aponta uma alta de 12% na comparação com o mesmo período de 2021. O resultado foi influenciado pela melhor performance nos contratos bilaterais, bem como pelo reajuste das receitas de transmissão.

Por outro lado, o resultado financeiro líquido ficou positivo em R$ 478,1 milhões no 1º trimestre de 2022. A partir disso, a companhia reverteu as perdas financeiras de R$ 583,7 milhões no mesmo período de 2021.

O lucro bruto alcançou a cifra de R$ 5,486 milhões no 1T22, ante lucro bruto de R$ 5,269 bilhões do 1T21. Já as despesas gerais e administrativas chegaram a R$ 3,052 bilhões no 1T22, contra R$ 2,299 bilhões do 1T21.

Ademais, o destaque negativo foi o registro de R$ 1,226 bilhão em Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa. Isso ocorreu por conta da inadimplência da Amazonas Energia D.

Desse valor, R$ 867 milhões se referem à compra de energia elétrica provenientes dos produtores independentes de energia (PIE) localizados no Amazonas. Já R$ 359 milhões são de contratos de empréstimo devidos pela referida distribuidora.

Enquanto isso, a Eletrobras investiu R$ 523 milhões no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 1% na comparação com igual etapa de 2021.

Por outro lado, a dívida líquida recorrente da companhia ficou em R$ 20,554 bilhões no 1T22. E assim, se manteve estável em relação ao 1T21.

Já o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1 vez no 1T22. Ou seja, houve uma baixa de 0,9 vez em relação ao 1T21.