A Pacaembu Construtora é mais uma interessada na bolsa de valores brasileira (B3). A empresa publicou na segunda-feira, 28 de setembro, o prospecto preliminar da Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), que traz informações sobre a operação.

A companhia enviou à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) o pedido de registro do IPO em 7 de agosto. Após o término da operação, a empresa será listada no segmento Novo Mercado da B3 com o código PCBU3, a partir do dia 5 de outubro, sendo que o preço da ação será fixado nesta quinta-feira, 1º de outubro.

Também conforme o documento publicado, o período de reserva das ações começou em 18 de setembro e termina no dia 30, quarta-feira.

Inicialmente, a operação deverá contar com distribuição primária de 29.069.768 de ações, cujos recursos irão para o caixa da Pacaembu; e com oferta de 36.627.907 de ações secundárias, com os recursos indo para os acionistas. O montante acionário total poderá ainda ser acrescido com um pacote suplementar de 9.854.651 de ações ordinárias.

PCBU3 terá preço entre R$ 8 e R$ 10

A estimativa é de que cada ação deva ser cotada entre R$ 8,10 e R$ 10,10, que é a faixa indicativa estabelecida. Caso haja demanda, e as ações primárias e secundárias sejam vendidas, o IPO movimentará R$ 597,848 milhões.

Os bancos que estão coordenando o IPO da empresa são a Caixa Econômica Federal, o ABC Brasil e o Credit Suisse.

Com os recursos da venda primária, a empresa pretende lançar novos empreendimentos e trazer reforços para o landbank; aumentar o capital de giro; ampliar a estrutura administrativa, comercial e de marketing; desenvolver plataformas digitais e investir em novas tecnologias de produção.

- Veja os documentos sobre o IPO na íntegra

Sobre a Pacaembu Construtora

Grande player do setor imobiliário, a Pacaembu Construtora desenvolve e constrói empreendimentos residenciais de padrão econômico focado na população com baixa renda, operando majoritariamente no interior do estado de São Paulo. A empresa também participa do programa residencial do governo, "Minha Casa, Minha Vida".

Segundo o prospecto do IPO, os empreendimentos da construtora somam geralmente mil unidades por projeto, com cada casa custando em média R$ 125 mil, estando presentes nos condomínios serviços de saneamento básico, saúde, educação e lazer. Atualmente, há 7,9 mil unidades em construção, sendo que já foram lançados 130 empreendimentos ao todo.

A empresa encerrou o ano de 2019 com lucro líquido de R$ 111.579 milhões, alta de 1% frente a 2018, e com caixa líquido de R$ 184,2 milhões.

"Nos últimos anos, apuramos elevadas taxas de retorno sobre o capital investido. Entre 2017 e 2019, por exemplo, distribuímos aos nossos acionistas o valor de R$193,5 milhões em dividendos e juros sobre o capital próprio, com um ROAE (Return on Average Equity - Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio) médio de 51,5%", disse a empresa.

De outro lado, a construtora viu o lucro líquido ficar em R$ 26.064 milhões no fim do primeiro semestre de 2020 (1S20), o que é uma queda de -72,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Entretanto, o caixa líquido fechou em R$ 170,2 milhões no 1S20.