A Cielo (CIEL3) um dos grandes players de maquininhas do país e com forte market share no Brasil, divulgou o novo balanço com forte queda em suas operações por conta da Covid-19 durante o segundo trimestre de 2020 (2T20). A companhia registrou prejuízo de R$ 75,2 milhões no período, frente a um lucro líquido de R$ 166,8 milhões obtidos no primeiro trimestre deste ano. No segundo trimestre de 2019, por sua vez, o lucro obtido foi de R$ 428,5 milhões. Esse foi o primeiro trimestre com prejuízo registrado pela empresa desde o IPO, em 2009.

As informações foram divulgadas em 28 de julho no site da empresa, sendo que a videoconferência para apresentação dos resultados está marcada para esta quarta, 29 de julho, às 11h30min.

Com esses dados pode-se verificar os impactos negativos da pandemia na companhia. De acordo com a Cielo, caso o mercado melhore e haja mais consumo do Varejo entre os próximos trimestres, haverá alguma relevância para a melhoria de seu desempenho, "porém não de maneira suficiente para compensar as quedas observadas neste primeiro semestre do ano".

A companhia sentiu os impactos da pandemia também no volume financeiro, que foi de R$ 128 bilhões, queda de 22,2% frente ao 2T19; e ainda baixa de 19,9% em relação ao montante captado no primeiro trimestre de 2020.

O Ebitda da Cielo durante o 2T20 seguiu em tendência de queda e ficou nos R$ 236 milhões frente aos R$ 778 milhões do segundo trimestre do ano passado, isso representa uma baixa de -69,7%. A margem do Ebitda nos últimos dozes meses passou de 27,8% para 9,6%.

Outro dado negativo foi a base de clientes, que é atualmente de 1,3 milhão, redução de 7,3% em relação ao 2T19 e de 9,3% se comparado ao 1T20.

Durante a quarentena, necessária para conter o contágio do novo coronavírus, inúmeros comércios fecharam as portas e isso pode ser observado nos relatórios de desempenho de segundo trimestre. Segundo a Cielo, o "varejo foi afetado de forma particularmente forte nos meses de março, abril e maio, com início de recuperação sendo observada a partir de junho. Devido ao seu relacionamento intrínseco com o consumo, a indústria de pagamentos foi impactada de forma negativa neste período".

A companhia também disse que o setor de meio de pagamentos tem auxiliado com seus serviços online os empresários em meio à pandemia.

Receita Operacional líquida (ROL) da Cielo no 2T20 teve queda de 12,5%

A receita líquida da companhia de maquininhas conseguiu atingir R$ 2,450 bilhões; o que é 12,5% menos do que em relação ao segundo trimestre de 2019. De acordo com o documento publicado, "o motivo da redução de receita, tanto para a Cielo, quanto para a Cateno, foram as restrições de circulação e funcionamento dos estabelecimentos, impostas pela resposta à pandemia da COVID-19", explicou a companhia.

O lucro líquido da Cateno, empresa do setor de pagamentos, no 2T20 foi de R$ 53 milhões positivos, mas que se reflete em queda de -67,3% frente ao 2T19 quando foram captados R$ 161,9 milhões.

Veja os indicadores de rentabilidade da Cielo durante o 2T20:

  • Retorno sobre o Capital Investido (ROIC): 4,8%;
  • Retorno Adicional Sobre o Investimento (ROA): 0,9%;
  • Retorno sobre o Patrimônio líquido (ROE): 7,3%.

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Queda na cotação

O lucro por ação durante o segundo trimestre de 2020 caiu R$ 0,03. No fim do pregão de 28 de julho, data em que a divulgação dos resultados do período foi feita, cada ação da CIEL3 estava cotada a R$ 5,12 e em queda de 2,29%. Vale dizer que que o valor de mercado da Cielo é de R$ 12,6 bilhões.

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