Conforme comunicado enviado para o mercado, a Neoenergia (NEOE3) firmou um contrato junto ao Banco Europeu de Investimentos. De acordo com o documento, o contrato possui valor total de até € 200 milhões (em torno de R$ 1,2 bilhão).

Em suma, a Neoenergia afirma que se trata de um financiamento verde que possui como lastro, o capex dos seguintes projetos Eólicos e Solar do grupo:

  • Complexo Eólico Oitis (localizado na Bahia e no Piauí);
  • Complexo Eólico Chafariz (localizado na Paraíba);
  • Parques solares Luzia (localizados na Paraíba).

Ademais, o seu prazo é de até 10 anos, sendo 3 anos de carência para o principal. O seu custo estimado em reais seria de CDI + 0,62%.

Detalhes do financiamento

De acordo com o documento, os desembolsos precisam acontecer em até 36 meses.

"Ressaltamos que, de acordo com a política de risco financeiro da Companhia, os montantes contratados em moeda estrangeira deverão, no momento do desembolso, ter instrumento financeiro vinculado visando proteção integral contra variações cambiais".

Em suma, o Banco Europeu de Investimentos é uma das maiores agências multilaterais do mundo para financiamento de investimentos, que estão alinhados a iniciativas direcionadas para amenizar as mudanças climáticas.

Por fim, o Contrato de Financiamento reforça o alto acesso da Companhia a linhas de crédito a custos e prazos competitivos. E isso, reitera a sua estratégia de diversificar as fontes de financiamento para suportar a criação do seu plano de negócios.

Prévia do 4º trimestre de 2021

Na prévia operacional, a Neoenergia afirmou que a Energia injetada aumentou 3,7% em 2021, em comparação a 2020. Entretanto, o resultado do 4T21 terminou em queda de 1,4% em relação ao 4T20.

O resultado foi atribuído a elevação das chuvas e as menores temperaturas. Por outro lado, a Energia Distribuída aumentou 6,2% na comparação anual e 3,8% no 4T21 frente ao 4T20:

  • Neoenergia Coelba: +6,2% (4T21 vs. 4T20): residencial (-0,6%); industrial + livre (+7,5%); comercial (+10,1%); rural (+18,0%) e Outros Poder Público (+11,5%).
  • Neoenergia Elektro: -0,4% (4T21 vs. 4T20): residencial (-4,9%); industrial + livre (+4,9%); comercial (-1,5%); rural (-11,0%) e Outros Poder Público (-5,3%).
  • Neoenergia Pernambuco: +6,9% (4T21 vs. 4T20): residencial (+1,4%); industrial + livre (+7,1%); comercial (+10,8%); rural (+10,9%) e Outros Poder Público (+18,3%).
  • Neoenergia Brasília: -0,6% (4T21 vs. 4T20): residencial (-1,1%); industrial + livre (-3,3%); comercial (+4,1%); rural (+17,6%) e Outros Poder Público (-5,4%).
  • Neoenergia Cosern: +6,8% (4T21 vs. 4T20): residencial (+1,5%); industrial + livre (+10,7%); comercial (+14,4%); rural (+14,3%) e Outros Poder Público (+2,0%).

Com relação a energia renovável, ocorreu um crescimento de 35,35% na produção de energia eólica no 4T21, quando comparado ao mesmo período em 2020. Já no comparativo anual, ocorreu uma alta de 23,16% com 2.313 GWh gerados.

Por fim, na geração hídrica, aconteceu um crescimento de 104,03% no trimestre, e anual de 9,31%. E a produção de energia termelétrica ficou em 700 GWh, o aponta um aumento de 31,97%.