O valor do litro da gasolina nos postos do Brasil chegou a R$ 8,99 na semana passada, e para o diesel, o maior preço foi de R$ 8,63, conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta terça-feira, 21 de junho.

A pesquisa da ANP foi realizada entre os dias 12 e 18 de junho, e ainda não reflete de forma total, o último reajuste anunciado pela Petrobras nas suas refinarias. Na última sexta-feira (17), a estatal divulgou uma alta de 5,18% na gasolina e de 14,26% no diesel.

Abaixo, confira os resultados do levantamento da ANP.

Dados da ANP sobre os combustíveis

Segundo o levantamento da ANP, o valor médio do litro do diesel foi de R$ 6,886 para R$ 6,906. Ou seja, houve uma alta de 0,29%.

Na semana, o maior preço achado para o diesel foi de R$ 8,63, enquanto que o menor foi de R$ 5,64. Na semana anterior, o maior preço encontrado foi de R$ 8,43.

Enquanto isso, o preço médio do litro da gasolina diminuiu de R$ 7,247 para R$ 7,232, o que aponta uma baixa de 0,21%. Já o maior valor achado foi de R$ 8,99, e o menor de R$ 6,17. Na semana anterior, o maior valor foi de R$ 8,49.

Por outro lado, o valor médio do etanol reduziu de R$ 5,002 para R$ 4,910. Ou seja, houve uma baixa de 1,84%. No posto mais caro pesquisado pela ANP, o valor era de R$ 7,89, e no mais barato foi de R$ 3,89.

No acumulado do ano, o preço do diesel cresceu 35,97% nos postos. Enquanto isso, o da gasolina aumentou 9,14%. Já o etanol acumula queda de 8,01%, conforme os dados da ANP.

Por fim, vale citar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não apenas dos valores cobrados nas refinarias. Mas também, de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Petrobras está sob pressão

Desesperado com a alta dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro está pressionando a Petrobras a não repassar a alta internacional dos preços do petróleo para as bombas. Na ocasião, José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da estatal, diante das crescentes pressões do governo.

Desde 2016, a estatal começou a adotar para as suas refinarias, uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional, e pelo câmbio. Entretanto em 2022, a Petrobras passou a repassar os reajustes, evitando repassar, de forma automática, as variações do mercado internacional e do câmbio.

O diesel não era reajustado nas refinarias da Petrobras desde o dia 10 de maio, há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina tinha sido em 11 de março há 99 dias. Foi o maior intervale sem os reajustes na gasolina em ao menos mais de 2 anos e meio.