A Petrobras anunciou nessa sexta-feira, 17 de junho, mais um aumento no preço dos combustíveis no Brasil. A gasolina será elevada em 5,2% e o diesel em 14,2%. Os novos preços vão valer a partir desse sábado, dia 18. O gás, por hora, terá seu preço mantido.

A novidade foi anunciada por meio de uma nota. Segundo o documento, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

A companhia reforçou que faziam 99 dias desde o último ajuste na gasolina e 84 dias desde o último aumento no diesel. Ela também destacou que os preços de venda da Petrobras para as distribuidoras, tendo como referência os preços de mercado, são apenas uma parcela dos preços que chegam ao consumidor final.

Justificativa para o aumento

Na nota divulgada a estatal disse que " é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos" e que por isso evita o repasse imediato da volatilidade dos preços dos combustíveis na vida dos cidadãos.

Mas que "não obstante, quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado. É esse equilíbrio com o mercado global que naturalmente resulta na continuidade do suprimento do mercado brasileiro, sem riscos de desabastecimento, pelos diversos atores: importadores, distribuidores e outros produtores, além da própria Petrobras".

Ou seja, a companhia disse que segurou o quanto foi possível a elevação, mas que a defasagem já estava alta demais considerando os preços praticados em dólar e que por isso foi necessário o novo aumento.

Vale lembrar que desde 2016 a Petrobras pratica uma política de preços que leva em consideração as negociações do petróleo em dólar.

Mercado global

O mercado global de energia vive um momento tenso, ou, nas palavras da Petrobras "desafiador". Com a aceleração da recuperação econômica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e, notadamente, com o início do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se observado menor oferta e maior demanda por energia.

Não apenas o petróleo sofre com esses acontecimentos, mas também o gás, muito utilizado na Europa, especialmente no inverno, para aquecimento dos ambientes. Mas o óleo diesel também tem sofrido especialmente.

Preço final

Para formação do preço final do diesel e da gasolina ainda são adicionadas parcelas da mistura obrigatória de etanol anidro e biodiesel à gasolina A e ao diesel A produzidos nas refinarias, além dos custos e margens de distribuição e revenda, tributos federais e estaduais.

No caso do diesel, atualmente, a tributação limita-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS/Pasep e Cofins tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11/03 até 31/12/2022.