Informações divulgadas pela agência Reuters e pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) nessa quarta-feira, 11 de agosto, apontaram que a Petrobras vai elevar o preço de sua gasolina novamente. O combustível deve ficar 3,5% mais caro.

Em Reais, isso significa cerca de R$ 0,0945 centavos a mais pelo litro nas refinarias que passarão a vender o combustível a R$ 2,78, e cerca de R$ 0,20 centavos a mais por litro sendo cobrados dos brasileiros nos postos de combustíveis.

Vale lembrar que em julho a gasolina já subiu R$ 0,16 centavos, uma alta de 6,2%. No reajuste anterior, em 12 de junho, a companhia havia reduzido os preços em cerca de 2%.

Na prática, considerando que em algumas localidades (como Belo Horizonte) o litro da gasolina já passa dos R$ 6,30 o preço poderá chegar em R$ 6,50.

A Petrobras ainda não comunicou oficialmente o reajuste, porém isso deve acontecer em breve, especialmente porque essa elevação pode começar a valer a partir dessa quinta-feira, dia 12, segundo a Abicom.

Preço do gás natural também subiu

No mês passado também já havia sido anunciado que em agosto a Petrobras elevaria em cerca de 7% os preços em reais do gás natural veicular (GNV) entregue às distribuidoras regionais. Os novos preços passaram a vale no dia 1º de agosto.

O reajuste é contratual e feito a cada três meses, com base nos preços do petróleo, câmbio e da revisão da parcela do transporte, repassada pela empresa. Nos últimos seis meses, os reajustes já somam 48%, considerando o aumento anterior que foi de 39%.

"A referência para esses ajustes [de 7%] é a cotação dos meses de abril, maio e junho. Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m³", informou a empresa.

Petrobras divulgou resultados e aprovou dividendos no início do mês

No dia 4 de agosto, após a divulgação de seus resultados trimestrais referentes ao segundo trimestre de 2021, a Petrobras anunciou que fará uma distribuição extraordinária de R$ 31,6 bilhões em dividendos aos acionistas, motivado pelos bons resultados da empresa no período.

A distribuição será em duas parcelas: uma das parcelas corresponde ao pagamento de dividendos e outra de juros sobre capital próprio. Os valores serão correspondentes a R$ 1,60 por ação (em dividendos) e R$ 0,81 por ação (em JCP) e serão pagos nos dias 25 de agosto e 15 de dezembro, respectivamente.

Na oportunidade da divulgação de resultados, a companhia destacou ainda que entre todos os produtos com os quais a Petrobras trabalha, o Diesel foi o que mais receita lhe trouxe, totalizando R$ 32,1 milhões no 2T21, uma alta de 137,5% em relação ao 2T20.

Em segundo lugar veio a Gasolina, com R$ 14,4 milhões gerados para a empresa, uma alta de 139,8% em relação ao 2T20, quando a empresa alcançou apenas R$ 4,9 milhões, muito em função da pandemia de Covid-19, que estava no auge na época, e por causa dos lockdowns decretados no período, que diminuíram o consumo de combustíveis drásticamente.