Com a pandemia e os seus graves efeitos sobre a economia, o brasileiro tem sentido na pele o peso disso. Ademais, a inflação também está alcançando quase o dobro do primeiro ano de governo do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Neste ano de 2021, a inflação já registrou uma alta acumulada em setembro de 6,90%, contra 4,31% em 2019. Por conta disso, não é difícil compreender porque tantos brasileiros estão em busca de ajudas financeiras.

A procura de consumidores por crédito aumentou 14,2% durante o mês de setembro, no comparativo com o mesmo período de 2020. As informações são da Serasa Experian. Abaixo, confira todos os detalhes.

Procura por crédito aumenta mais de 14%

De acordo com a análise por faixa de renda, os que recebem menos, até R$ 500, foram os que mais procuraram por recursos financeiros, com alta de 21,3%. Já dentre os que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil, o aumento da procura ficou em 14,9%.

Entre os que têm maior poder aquisitivo, com renda superior a R$ 10 mil, a variação anual do indicador ficou em 11,6%. O índice é simular ao encontrado nas faixas de renda anteriores: 12,3% de alta entre os que ganham de R$ 1 mil a R$ 2 mil; 11,9% entre os que têm renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil e alta de 11,4% para a faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Quem é a grande vilã?

Em nota, o economista da Serasa Experian Luiz Rabi diz que a alta da inflação explica a maior procura por crédito. Principalmente, na população de menor renda. De acordo com Rabi, muitas vezes, o consumidor não consegue manter os recursos fixos mensais. E por isso, busca complementar a renda através do crédito.

Por fim, na análise por região, o Nordeste teve o aumento mais expressivo, com 21,8%. Já o Norte também foi um dos principais responsáveis pela alta no indicador, com 21,2%. Apesar dos percentuais menores, as demais regiões também registraram aumento na demanda por crédito: Centro-Oeste, 15,3%; Sudeste, 11,8%; e Sul, 9,7%.

Com informações, Agência Brasil.