Os brasileiros que possuem um veículo próprio e que o abastecem regularmente já sabem, pois têm sentido no bolso, que o preço da gasolina, um dos principais combustíveis utilizado hoje no Brasil, está bem caro segue subindo. Tanto e tão rápido que, às vezes é até difícil acompanhar.

Pensando nisso, nós resolvemos trazer aqui a média dos preços atuais cobrados no Brasil. Assim, você pode acompanhar, semanalmente, as atualizações, tendo como base as informações disponibiizadas pela Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Confira os detalhes abaixo.

Como é composto o preço da gasolina?

Antes de mais nada, porém, é interessante que você saiba como é composto o preço da gasolina hoje. Porque há uma série de itens. Veja quais são eles:

  • Preço do produtor (Petrobras e importadores) - a maior fatia do bolo, 35%;
  • Preço do etanol - o combustível comercializado nos postos do país é composto por 73% de derivado de petróleo (gasolina A) e 27% de etanol de origem canavieira. Ele representa 16,9% do preço;
  • Tributos federais - PIS, Cofins e Cide, que preenchem 11,5% do preço;
  • Imposto estadual - ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que tem 27,6% de peso sobre o valor nas bombas. Isso explica os preços da gasolina serem diferentes de uma cidade para a outra e de um estado para outro;
  • Distribuição, transporte e revenda - representando 10,4%.

Curiosidade importante: Em 2016, a política de preços de combustíveis da Petrobrás foi alterada para seguir a política de Paridade de Preços de Importação (PPI). A partir disso, os preços de venda dos combustíveis passaram a seguir o valor do petróleo no mundo e a variação cambial.

Em função disso, há alguns fatores externos que também influenciam no preço estabelecido pela Petrobras e que acabam resultando em reajustes. São eles:

  • Preço do dólar: a Petrobras, que abastece os distribuidores, calcula o preço da refinaria com base nos preços do petróleo (atrelado ao dólar) e nas taxas de câmbio. Nesse sentido, a valorização do dólar norte-americano obriga a gasolina a subir;
  • O aumento na demanda: com a retomada da economia mundo afora, a demanda pelo petróleo (que é uma commodity) também aumentou, o que resultou no aumento do valor no mercado internacional. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a produção mundial de combustíveis no segundo trimestre de 2020 foi de 92,3 milhões de barris por dia, enquanto a demanda foi de 84,8 milhões de barris. No mesmo período de 2021, a demanda aumentou para 96,7 milhões de barris por dia, mas a produção foi de 94,9 milhões de barris.
  • O valor do barril: os do tipo Brent, que são comercializados em Londres e usados pela Petrobras para cálculo de preços, subiram quase 40% desde o início do ano, pressionando os preços dos combustíveis fósseis em geral.

Além disso, há ainda os impostos. Segundo a Tabela de Tributação dos Combustíveis por Estado, disponibilizada pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), atualmente, em São Paulo, o CIDE, PIS e COF correspondem a R$ 0,6869 do preço da gasolina e o ICMS corresponde a R$ 1,5025. Juntos, eles somam um total de R$ 2,189.

É possível conferir os dados de outros estados clicando aqui.

Podemos ver, pelo exemplo acima, que o imposto estadual é, de fato, mais significativo do que o federal, porém, por outro lado, a porcentagem do ICMS cobrado pelas unidades federativas não sofreu alterações para mais neste ano. Ao contrário, segundo a ANP, em abril de 2020 o ICMS pesava em média 29,9% no preço final do combustível, hoje a participação está em 27,6%.

Dessa forma, diferentemente do que se argumenta eventualmente, a culpa da alta no preço da gasolina não é do imposto estatual e sim, segundo o que vimos até aqui, a alta do dólar e do preço do barril de petróleo e, consequentemente, da política de Paridade de Preços de Importação. Também influencia a alta nos preços do etanol, em função dos prejuízos recentes na produção da cana de açucar, sua matéria prima.

Preço da Gasolina na última semana

Dito isso, vamos à média de preços da gasolina no Brasil. Os dados abaixo são referentes à semana entre os dias 9 a 15 de janeiro de 2022.

BRASIL
Combustível Preço médio Preço mínimo Preço máximo
Gasolina comum R$ 6,608 R$ 5,569 R$ 7,899
Gasolina aditivada R$ 6,735 R$ 5,699 R$ 8,699

Fonte: ANP

Veja abaixo os dados por região:

GASOLINA COMUM - POR REGIÃO
REGIÃO PREÇO MÉDIO PREÇO MÍNIMO PREÇO MÁXIMO
Centro Oeste 6,743 6,190 7,499
Nordeste 6,644 6,009 7,449
Norte 6,660 5,790 7,600
Sudeste 6,625 5,699 7,899
Sul 6,456 5,569 7,604

Fonte: ANP

GASOLINA ADITIVADA - POR REGIÃO
REGIÃO PREÇO MÉDIO PREÇO MÍNIMO PREÇO MÁXIMO
Centro Oeste 6,851 6,190 7,599
Nordeste 6,807 5,990 7,699
Norte 6,826 6,090 7,679
Sudeste 6,788 5,789 8,699
Sul 6,593 5,699 7,999

Fonte: ANP

Veja abaixo os dados por estado brasileiro:

GASOLINA COMUM - POR ESTADO
ESTADO PREÇO MÉDIO PREÇO MÍNIMO PREÇO MÁXIMO
Acre 6,994 6,760 7,600
Alagoas 6,524 6,199 7,235
Amapa 5,859 5,790 6,130
Amazonas 6,590 6,450 7,350
Bahia 6,791 6,210 7,449
Ceara 6,586 6,279 7,149
Distrito Federal 6,827 6,349 7,149
Espirito Santo 6,746 6,460 7,290
Goias 6,923 6,490 7,499
Maranhao 6,390 6,239 6,599
Mato Grosso 6,526 6,249 7,299
Mato Grosso do Sul 6,489 6,190 7,080
Minas Gerais 6,938 5,949 7,599
Para 6,730 6,360 7,399
Paraiba 6,486 6,320 6,819
Parana 6,335 5,949 7,500
Pernambuco 6,590 6,009 7,390
Piaui 6,794 6,679 7,290
Rio de Janeiro 7,136 6,679 7,899
Rio Grande do Norte 6,962 6,840 7,190
Rio Grande do Sul 6,509 5,569 7,604
Rondonia 6,719 6,549 7,080
Roraima 6,408 6,330 6,470
Santa Catarina 6,505 5,899 6,999
Sao Paulo 6,339 5,699 7,599
Sergipe 6,650 6,449 6,899
Tocantins 6,848 6,769 7,099

Fonte: ANP

GASOLINA ADITIVADA - POR ESTADO
ESTADO PREÇO MÉDIO PREÇO MÍNIMO PREÇO MÁXIMO
Acre 7,041 6,870 7,590
Alagoas 6,640 6,239 7,529
Amapa 6,220 6,090 6,290
Amazonas 6,634 6,450 6,890
Bahia 6,877 5,990 7,699
Ceara 6,771 6,290 7,200
Distrito Federal 6,901 6,399 7,599
Espirito Santo 6,866 6,499 7,490
Goias 7,009 6,530 7,480
Maranhao 6,577 6,239 6,966
Mato Grosso 6,644 6,260 7,287
Mato Grosso do Sul 6,677 6,190 7,170
Minas Gerais 7,094 6,599 7,975
Para 6,907 6,390 7,679
Paraiba 6,622 6,440 6,890
Parana 6,520 5,980 7,999
Pernambuco 6,768 6,299 7,590
Piaui 7,018 6,699 7,590
Rio de Janeiro 7,251 5,799 7,999
Rio Grande do Norte 7,027 6,840 7,350
Rio Grande do Sul 6,639 5,699 7,754
Rondonia 6,810 6,549 7,180
Roraima 6,533 6,450 6,610
Santa Catarina 6,580 5,899 7,199
Sao Paulo 6,567 5,789 8,699
Sergipe 6,778 6,450 6,999
Tocantins 6,973 6,869 7,299

Fonte: ANP

Últimas 4 semanas

Caso tenha interesse em comparar o preço das últimas semanas, confira abaixo os dados:

GASOLINA COMUM
Semana Preço Médio Preço mínimo Preço máximo
19/12/2021-25/12/2021 6,626 5,689 7,909
26/12/2021-01/01/2022 6,618 5,299 7,909
02/01/2022-08/01/2022 6,596 5,679 7,899
09/01/2022-15/01/2022 6,608 5,569 7,899
GASOLINA ADITIVADA
Semana Preço médio Preço mínimo Preço máximo
19/12/2021-25/12/2021 6,776 5,789 8,499
26/12/2021-01/01/2022 6,769 5,599 8,499
02/01/2022-08/01/2022 6,734 5,849 8,499
09/01/2022-15/01/2022 6,735 5,699 8,699

Fonte: ANP

- Vamos atualizar essa matéria todas as semanas, então, fique ligado!