A Romi (ROMI3) acumulou lucro líquido de R$ 216,096 milhões em 2022, sendo um aumento de 5,9% em relação ao ano anterior, segundo o relatório de resultados divulgado na noite desta terça-feira, 31 de janeiro.

Além disso, a Romi aprovou o pagamento de dividendos intermediários aos acionistas da companhia em total de R$ 11,4 milhões.

Confira abaixo os detalhes sobre os resultados e dividendos da empresa.

Romi (ROMI3) pagará dividendos

O Conselho de Administração da Romi (ROMI3) aprovou na reunião realizada em 31 de janeiro de 2023 a distribuição de dividendos intermediários para os acionistas da companhia, a serem imputados aos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.

Ao todo, a Romi fará uma remuneração de R$ 11,412 milhões entre os acionistas. Terá direito quem comprar as ações da empresa até segunda-feira, 6 de fevereiro, que é a data de corte (data-com) estabelecida.

Segundo o comunicado da Romi, o pagamento somará R$ 0,141472465787 por ação e o crédito dos dividendos será realizado no dia 8 de março de 2023.

Dessa forma, a partir do dia seguinte, 7 de fevereiro, as ações da Romi serão negociadas na bolsa de valores B3 em ex-dividendos, que é quando o investimento deixa de garantir o direito de receber os proventos.

Dividendos da Romi - detalhes

  • Aprovação: 31 de janeiro de 2023;
  • Data-Com: 6 de fevereiro de 2023;
  • Data-Ex: a partir de 7 de fevereiro de 2023;
  • Data do pagamento: 8 de março de 2023;
  • Montante: R$ 11.412.203,82;
  • Valor por ação: R$ 0,141472465787;
  • Referência: 2022.

Romi (ROMI3) divulga resultados do 4T22; veja os destaques

A Romi teve receita operacional líquida de R$ 536,2 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), sendo uma alta de 21,1% frente ao mesmo período de 2021. Segundo a empresa, os destaques foram os desempenhos positivos nas unidades de negócios Máquinas Romi e Fundidos e Usinados.

Na Unidade de Máquinas Romi, a receita operacional líquida, no 4T22, apresentou crescimento de 30,6% em relação ao 4T21, que aliada ao controle efetivo das despesas operacionais, resultou em um crescimento de 42,7% no lucro operacional ajustado, nesse mesmo período de comparação, segundo a empresa.

Por sua vez, a Unidade de Fundidos e Usinados, no 4T22, alcançou um crescimento de 40,3% na receita operacional líquida em relação ao 4T21, com a continuidade nas entregas das peças de grande porte e com a retomada dos demais segmentos. A margem operacional apresentou crescimento de 14,7 pontos percentuais, reflexo do maior volume de produção e da evolução na eficiência operacional.

Destaque também para a carteira de pedidos no 4T22 na Unidade Burkhardt+Weber que atingiu R$ 191,7 milhões, crescimento de 78,2% em relação ao 4T21. Em euros, atingiu €34,4 milhões, crescimento de 82,0% em relação ao mesmo período de comparação, demonstrando a recuperação das operações e das perspectivas futuras, explica a empresa.

Entre 2021 e 2022, a receita líquida cresceu 15,1% para um total de R$ 1,592 bilhão. O relatório mostra que o mercado doméstico foi responsável por 74% da receita consolidada da Romi em 2022, contra 68% em 2021.

O ebitda da Romi no 4º trimestre de 2022 somou R$ 138,246 milhões com alta anual de 62,3%. A margem saltou 34 p.p. para 25,8%, como pode ser visto na tabela abaixo:

Créditos: Reprodução/RI Romi (ROMI3)
Créditos: Reprodução/RI Romi (ROMI3)

Em 31 de dezembro de 2022, a Romi possuía registrado, como caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras, o montante de R$ 250,8 milhões. A dívida líquida totalizava R$ 70,1 milhões.

A Romi lançou durante de terceiro trimestre de 2022, o Portal ESG, alinhada às melhores práticas do mercado. Segundo a empresa, "o contínuo trabalho de evolução nas práticas ESG resultou em uma evolução importante da nota da Companhia no Instituto Ethos, que passou de 5,4 para 7,5 no final de 2022.

Ações da Romi - ROMI3

Em 30 de janeiro de 2023, as ações ordinárias da Romi (ROMI3), que estavam cotadas a R$ 18,45, apresentaram uma valorização de 19,4% desde 30 de dezembro de 2020 e uma valorização de 0,2% desde 31 de dezembro de 2021.

O Ibovespa registrou desvalorização de 5,7% e valorização de 7,1%, respectivamente, nos mesmos períodos.

O valor de mercado da Romi, em 30 de janeiro de 2023, era de R$ 1.488,3 bilhão. Segundo o relatório, o volume médio diário de negociação das ações foi de R$ 10,6 milhões durante o 4T22.

Sobre a Romi (ROMI3)

Créditos: Reprodução/RI Romi
Créditos: Reprodução/RI Romi

Fundada em 1930, a Romi é hoje líder no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos industriais, bem como uma importante fabricante de peças fundidas e usinadas.

No mercado financeiro, a companhia está listada no segmento "Novo Mercado" da B3, reservado às empresas com maior nível de governança corporativa.

A Companhia conta com 13 unidades fabris, sendo quatro unidades de montagem final de máquinas industriais, duas fundições, quatro unidades de usinagem de componentes mecânicos, duas unidades para fabricação de componentes de chapas de aço e uma unidade para montagem de painéis eletrônicos.

Destas, 11 fábricas estão localizadas no Brasil e duas na Alemanha. A capacidade instalada de produção de máquinas industriais e de fundidos é de, respectivamente, cerca de 2.900 unidades e 50.000 toneladas por ano.