O Santander Brasil (SANB3, SANB4 e SANB11) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 4,005 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), sendo aumento de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021, e de 3,2% frente ao 4º trimestre (4T21).

O banco divulgou o relatório de resultados na manhã de terça-feira, 26 de abril, em meio à atual temporada das empresas da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), dia em que também foi realizada a videoconferência para apresentação dos resultados pelos executivos do banco.

"Nossa estratégia centrada na melhor experiência do cliente nos permitiu termos um crescimento sustentável da base de clientes vinculados, cujo incremento foi de 27% no ano, sendo 2x superior ao aumento da base total. A receita com clientes vinculados é 5,6x superior à de não vinculados. A expansão da base em conjunto com maior transacionalidade são pilares da nossa rentabilidade.", disse o banco.

Segundo o relatório, o Santander fechou o 1º trimestre do ano com uma base de 54,8 milhões de clientes, sendo 8,3 milhões com mais de 6 produtos firmados com o banco, em alta de 7% frente aos 49 milhões de clientes do mesmo período de 2021.

Outros destaques dos resultados do Santander (SANB11) no 1T22

O Santander Brasil reportou uma margem financeira bruta de R$ 13,938 bilhões no 1T22, apresentando alta de 3,8% nos últimos doze meses. Segundo o relatório, a boa performance foi causada pela margem com clientes, que cresceu 29,6% no ano para R$ 10,687 bilhões, influenciada principalmente por maiores volumes e spreads.

De outro lado, a margem bruta teve um recuo de 1,5% em relação ao último trimestre de 2021, como impacto de menores receitas com operações de mercado, conforme explica o Santander.

Por sua vez, a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias do Santander foi de R$ 4,617 bilhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 5,7% com destaque para receitas de cartões, que chegaram a R$ 1,329 bilhão em doze meses, alta de 27,7%.

O banco registrou despesas gerais de R$ 5,534 bilhões no 1T22, sendo uma alta de 10,5% frente ao mesmo trimestre de 2021, mas ainda ficando abaixo da inflação de 11,30% do período, destaca o banco. De outro lado, as despesas caíram 1,5% quando comparadas com o quarto trimestre (4T21), beneficiadas pela gestão de custos.

O resultado de créditos de liquidação duvidosa somou R$ 4,612 bilhões no 1º trimestre, em aumento de 45,9% no ano e de 24,9% no trimestre, acompanhando a dinâmica do mix de produtos, principalmente em pessoa física, em virtude do cenário macro do país, conforme explicou o banco.

As despesas de provisão cresceram 36,7% em doze meses e 19,1% em três meses devido à deterioração da inadimplência, crescimento da carteira de crédito no segmento varejo, principalmente pessoa física e financiamento ao consumo, e pela mudança no mix de produtos realizada no período, segundo listou o banco pelo relatório.

Em meio a tudo isso, no 1T22 o Santander Brasil atingiu um índice de eficiência de 36%, alta frente aos 34,6% do 1T21, mas com melhora de 1,4 ponto percentual em três meses. "Esse desempenho evidencia o nosso comprometimento com a produtividade através da incessante busca de oportunidades por meio da integração da nossa plataforma e industrialização dos nossos processos", disse o banco sobre o avanço trimestral.

No dia 14 de abril de 2022 o Santander anunciou a distribuição de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) no montante de R$ 1,7 bilhão, com pagamento a partir de 16 de maio de 2022, o que resultou em um dividend yield de 5,6% no ano. Os recursos foram antecipados e são relativos aos resultados registrados pelo banco no 1T22.

Créditos: Reprodução/RI Santander.
Créditos: Reprodução/RI Santander.

Carteira de crédito avança 7%

A carteira de crédito do Santander estava acumulada em R$ 455,166 bilhões em março de 2022, no término do 1T22, representando um aumento de 7,2% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Desconsiderando o efeito cambial, a alta é maior, de 8,5%.

Os destaques positivos foram os créditos cedidos pelo Santander aos dois segmentos de pessoa física e pequenas & médias empresas que apresentaram crescimento anual de 19% e 12,2%, respectivamente.

De outro lado, a única performance negativa do trimestre foi do segmento de grandes empresas apresentou queda de 10,8%, principalmente causada pela variação cambial do período e menores renovações de operações, segundo o Santander.

Segundo o relatório, a carteira de crédito do 1T22 apresenta uma queda de 1,6%, desconsiderando o câmbio, em relação ao quarto trimestre de 2021 (4T21). Nesse caso, o crédito a grandes empresas caiu 7,7%, puxando o balanço, mas sendo compensado pelo segmento de pessoa física que avançou 1% no período.

- Veja os resultados do Santander (SANB11) na íntegra.