Assim como quando não estamos mais contentes com algo que temos em casa (como objetos parados, por exemplo) nós os trocamos por outro, no mercado financeiro também ocorrem situações semelhantes.

Imagine que você não quer mais algo que está parado sem uso em sua casa, é possível anunciá-lo e trocá-lo com quem está precisando e será útil para essa pessoa, não é mesmo? Essas trocas feitas no mercado financeiro ocorrem através de uma operação chamada de Swap.

Nessas operações, as partes envolvidas assinam um contrato para que haja a troca das rentabilidades (junto com os riscos também). Seu objetivo é que um negócio seja protegido, ou até mesmo um investimento.

No Swap, podem haver trocas de câmbio (moedas), taxas de juros, commodities e índices. Mesmo sendo fácil de compreender, essas operações são mais sofisticadas, portanto, quem realiza essas transações são as empresas ou investidores mais experientes.

Veja abaixo o que é e como funciona o Swap dentro do mercado financeiro.

O que é swap?

O swap é um tipo de operação financeira onde duas partes realizam uma troca. Isso significa que, um acordo pode ser firmado entre:

  • duas empresas;
  • uma empresa e um investidor;
  • dois investidores;
  • uma instituição financeira e um investidor;
  • entre outras possibilidades.

Traduzido para o português, a palavra Swap significa "troca". Dessa forma, quando as partes fecham acordo com a troca entre elas, estão aceitando a rentabilidade de determinados ativos financeiros. Porém, os riscos de cada investimento e sua volatilidade vai junto com a troca.

A troca ocorre na data de vencimento do contrato, no qual pode passar por ajustes periódicos, desde que não tenha havido nenhum acordo antes.

Por que investidores e empresas trocam rentabilidade e riscos?

São vários os motivos para essa troca, mas o principal deles é a proteção das oscilações de uma moeda, índice, taxa de juros ou preço de commodity, sempre que houver riscos ao seu negócio ou investimento.

Esse trâmite é negociado no mercado de balcão organizado. Nesse ambiente da B3 (Bolsa de Valores), é possível que sejam acordadas todas as condições das negociações diretamente entre as partes, incluindo inclusive a taxas como prazos, por exemplo.

Quem registra essas operações é a CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados), na qual faz parte da B3.

Como funciona o contrato de swap?

É comum que empresas que compram ou vendem seus produtos para outros países utilizem esse tipo de operação. Pelo fato dessas empresas serem diretamente afetadas pelas variações no câmbio (como o dólar, por exemplo), elas usam o Swap para ter mais previsibilidade em suas contas e assim proteger seus bens.

Quais são os tipos de swap?

Dentro do mercado financeiro, existem quatro tipos de Swap que são: cambial, de taxas de juros, commodities e índices. O funcionamento em todos eles é o mesmo.

Vantagens e desvantagens dos swaps

As vantagens das operações de swap são voltadas principalmente para empresas ou investidores endividados ou que recebem receitas em moedas estrangeiras. Nelas, é possível que as empresas tenham proteção da variação cambial, ganhando previsibilidade no momento do acerto de contas.

Também é possível que os investidores alterem suas estratégias diante de um novo cenário econômico, podendo assim trocar as taxas de rentabilidade e os níveis de risco de um ativo financeiro.

Já a desvantagem está nos custos que envolvem os contratos e também nos riscos da aposta não estar em vantagem naquele momento.