Dar uma mesada educativa é algo muito importante para ensinar os filhos a gastar e administrar o dinheiro. Em suma, esse é um jeito de fazer com que os jovens e crianças aprendam a lidar com as finanças.

E uma boa educação financeira aplicada desde cedo pode ser um bom jeito de preparar as crianças para as situações futuras. Esse é um meio de evitar que eles façam compras impulsivas e acabem com dívidas indesejadas na vida adulta. Além disso, é uma forma da família ficar tranquila quanto ao futuro dos seus pequenos.

Porém, como dar uma mesada educativa de forma eficiente? Como definir o valor? Abaixo, vamos te explicar como usar esse recurso para auxiliar no desenvolvimento das crianças.

O que é uma mesada educativa?

A mesada educativa é uma prática de educação financeira na qual um valor é dado à criança ou jovem. Em geral, há uma frequência no pagamento do valor que pode variar entre mensal, quinzenal, ou semanal - tudo vai depender da meta dos pais e da idade de quem ganha.

Como uma dar mesada educativa?

A partir da compreensão sobre o contexto familiar, é possível estipular um valor razoável de mesada educativa, bem como determinar algumas regras.

Abaixo, confira algumas dicas de como dar um valor educativo às crianças:

1. Valor

O valor da mesada educativa é aquela que está conforme a renda familiar. Sendo assim, a primeira dica é compreender quanto é possível destinar à criança sem que isso pese nas despesas do mês. Além disso, é necessário considerar:

  • Idade;
  • Frequência mensal, semanal ou quinzenal;
  • A média que amigos próximos ganham;
  • Se você tem mais de um filho;
  • Alta do valor no futuro.

Se você tem crianças entre 3 e 4 anos, uma dica interessante é dar um cofrinho para ela, e a partir disso, ir juntando moedas. À medida que a criança crescer, as cédulas podem passar a ser incluídas no processo de criação de autonomia.

Além disso, é possível achar formas mais práticas de dar dinheiro, a partir do avanço da tecnologia. É dito isso, pois é possível fazer cartão de débito para a criança - já que os gastos e desejos crescem com o tempo.

Se você tem filhos de diferentes idades, será preciso ensinar sobre as responsabilidades que aumentam com a maturidade. Isso pode levar a uma diferença na quantia que cada um ganha.

Uma boa opção é somar as despesas ligadas ao filho - lanche, passeios, jogos, entre outros - e dar como mesada, um valor x desse resultado. Dessa forma, você estimula a criança a lidar com o conceito de economia, ao mesmo tempo que ensina a reconhecer o valor do dinheiro.

2. Frequência

Em suma, você pode dar uma mesada semana, quinzenal ou mensal. Aqui, a principal dica é compreender a percepção de tempo da criança, o impacto do valor nas despesas do mês, a noção de cálculo de quem ganha, além dos combinados determinados pela família.

Abaixo, confira algumas dicas que podem te ajudar na definição da frequência:

  • Semanal: crianças mais novas recebem menos e têm uma percepção de tempo diferente. Diante disso, a opção semanal é mais indicada.
  • Quinzenal: você pode associar a mesada quinzenal com as tarefas feitas em casa e na escola. Essa opção é recomendada para crianças a partir de 7 anos.
  • Mensal: esse tipo de pagamento funciona a partir da pré-adolescência, até porque, estamos falando de quantias altas.

3. Regras

Em suma, as regras da mesada educativa costumam ser flexíveis, e podem mudar conforme as decisões dos pais. Sendo assim, não existe uma regra para valores nem idade para começar: cada jovem é diferente.

A partir disso, cabe ao responsável avaliar o que é mais razoável conforme a idade do filho. Apesar disso, alguns pontos norteadores são:

  • Concordar com a faixa etária de cada criança;
  • Corresponder com o valor recebido por outros jovens do mesmo convívio;
  • Ensinar noções de educação financeira. Como por exemplo: explicar o que significa poupar, dívidas, compra compulsiva, a distinção entre desejo e necessidade, responsabilidade com o próprio bolso e noções básicas de investimento;
  • O valor da mesada educativa deve estar dentro do orçamento familiar e não pode ser muito alta;
  • Selecionar um valor que possibilita elevar a mesada com o passar do tempo;
  • Escolher um valor que incentiva o seu filho a guardar o dinheiro para conquistar objetivos;
  • Determinar uma frequência de pagamento;
  • Conversar muito com as crianças sobre o dinheiro.

Por fim, é importante alertar: não ceda a pedidos por mais dinheiro. Dessa forma, você não alimenta um imaginário de sistema de crédito familiar, onde sempre que gastar mais, a criança pode pedir mais dinheiro para os pais.

Por que dar uma mesada?

Não são apenas os adultos que possuem desejo de consumo: as crianças e os adolescentes também têm objetivos e experiências que desejam conhecer e consumir. Porém, muitos pais compram os bens, e não usam essa chance para educar os seus filhos.

Logo, quando se atende a todas as vontades dos filhos, esses podem ter o sentimento de que podem ter qualquer coisa, já que não precisam se preocupar com a possível falta do dinheiro. A mesada educativa estimula o jovem a equilibrar as despesas, e aprender a poupar.

Ademais, nem sempre os pais possuem condições financeiras para atender a tudo que os filhos pedem. Nesse caso, a mesada educativa também pode auxiliar os mais jovens a compreender como realizar escolhas do que precisam ou realmente desejam.