No fim da última semana, teve estreia na Bolsa o primeiro ETF de criptomoedas do mercado brasileiro, o HASH11. As expectativas para ele eram altas e giravam em torno dos R$ 250 milhões, no entanto, o ativo levantou um valor ainda maior, alcançando mais de R$ 600 milhões em seu IPO.

De acordo com comunicado divulgado pela gestora, ao total, foram R$ 615 milhões.

"A primeira emissão foi finalizada nessa quinta-feira (22), conforme o planejado, gerando um montante total de R$ 615.250.700,00, com a liquidação financeira dos pedidos de subscrição realizados pelos agentes autorizados." diz o comunicado.

Administrado pela Hashdex, o HASH11 está ligado ao NCI (Nasdaq Crypto Index), índice criado por uma parceria da Nasdaq (uma das Bolsas de Valores dos Estados Unidos) com a Hashdex e a partir das 10 horas dessa segunda-feira, 26 de abril, ele passa a ser negociado livremente.

Peso de cada criptomoeda em HASH11

Aprovado em março pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o ETF dará ao investidor exposição a seis criptomoedas, sendo as seguintes:

- Bitcoin com peso de 79,68%
- Ethereum com peso de 16,93%
- Litecoin com peso de 1,24%
- Chainlink com peso de 1,00%
- Bitcoin Cash com peso de 0,64%
- Stellar com peso de 0,50%

A Taxa de Administração do HASH11 será de 0,3% ao ano e antes da abertura do mercado nessa, segunda-feira, 26, cada cota estava custando R$ 47,02. E logo após a abertura, seu valor passou para a casa dos R$ 50,00.

O que é HASH11

Em meados de março de 2021 foi divulgado que o ETC havia sido aprovado pela CVM e que ele seria lançado ainda no primeiro semestre do ano. Pouco depois, no dia 6 de abril, já foi divulgado o material publicitário e o site da Hashdex e foi dada a largada para os pedidos de reserva de cotas.

No dia 9 de abril encerrou o prazo para que corretoras aderissem como agentes autorizadas do fundo e o encerramento dos pedidos de subscrição de cotas foi na terça-feira passada, 20 de abril.

Na última quinta-feira, 22, por fim, ocorreu a liquidação financeira da primeira emissão.