Em parceria com a Suno Asset, a Boa Safra Sementes (SOJA3), lançou um Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro), sob o ticker SNAG11. De acordo com a empresa, trata-se de uma solução para seguir o investimento no seu crescimento, sem prejudicar o capital de giro.

A partir do Fiagro da Boa Safra, com gestão da Suno, a estimativa é captar R$ 125 milhões na abertura de capital (IPO) em Bolsa. O "fundo imobiliário" do agro deve ser híbrido, com parte dos ativos alocados em crédito e outra parte em imóveis.

O SNAG11 já teve um registro de criação aprovado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e as conas devem estar disponíveis para negociação no mercado, em até 90 dias depois da integralização do capital.

Diversificação e rentabilidade do SNAG11

Em suma, ainda se discute se o IPO vai ser público ou restrito. Entretanto, a alocação dos recursos captados já está definida: o Fiagro da Boa Safra deverá alocar em torno de R$ 100 milhões em crédito e os R$ 25 milhões restantes se destinarão à compra de dois terrenos onde a empresa tem obras.

Se trata de um centro de distribuição em Sorriso, no Mato Grosso, bem como uma unidade de produção em Primavera do Leste (MT). A rentabilidade alvo estimada para o Fiagro SNAG11 é uma combinação de juros (CDI) e IPCA (inflação), para aproveitar o momento dos títulos de dívida. Dessa forma, os valores são de CDI +3% e IPCA +8%.

De acordo com Marino Colpo, CEO da Boa Safra:

"Com o Fiagro, criamos mais uma opção de diversificação de investimento para o mercado do agronegócio. Esse ativo é livre de imposto de renda sobre rendimentos para a pessoa física e permite o investimento tanto em terras agrícolas quanto em recebíveis da Boa Safra".

Boa Safra vive boa fase

A Boa Safra Sementes celebra um ano de seu IPO na Bolsa de Valores. Desde a abertura de capital, que ocorreu em 29 de abril de 2021, as ações SOJA3 da empresa tiveram uma valorização de 34,3%. E assim, passou de R$ 9,90 da precificação no IPO para mais de R$ 13.

Naquele período, as empresas enfrentavam dificuldades na abertura de capital, pela aversão ao risco do mercado com novos picos da pandemia. Em suma, a Boa Safra escolheu pelo piso da faixa indicativa que ia até R$ 12,60. Entretanto, acabou fazendo uma boa entrada, com uma alta das ações na estreia e uma forte base de CPFs na entrada na B3.

"A ação SOJA3 é uma das melhores performances da B3, apesar do momento turbulento do mercado. Mesmo com muita gente voltando a investir na renda fixa, é gratificante ver que nossos papéis seguem bem e que a base de CPFs continua crescendo, mostrando o interesse em investir no agronegócio", finaliza Colpo.