A Oi (OIBR3) reportou na noite de 4 de maio um prejuízo líquido de R$ 1,669 bilhão no quarto trimestre de 2021 (4T21), assim revertendo o lucro líquido de R$ 1,798 bilhão obtido no mesmo período de 2020. A divulgação dos resultados ocorre após o adiamento duplo anunciado nas últimas semanas.

Considerando todos os meses de 2021, a Oi ainda registrou um prejuízo acumulado de R$ 8,381 bilhões, representando melhoria de 20,4% em relação ao prejuízo líquido do ano anterior.

O relatório mostra que no 4T21 houve uma receita líquida consolidada de R$ 4,571 bilhões, apresentando um crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior (3T21), mas queda de 4,3% em relação ao 4T20. No ano de 2021, a receita líquida da Oi totalizou R$ 17,933 bilhões, uma redução de 4,5% quando comparada ao desempenho de R$ 18,776 bilhões em 2020.

Destaques dos resultados da Oi (OIBR3) no 4T21 e em 2021

A receita líquida do segmento Residencial totalizou R$ 1,261 bilhão no 4T21, apresentando queda de 5,5% na comparação trimestral e de 3,8% no comparativo anual. Em contrapartida, no acumulado de 2021, a receita líquida desse segmento alcançou R$ 5,214 bilhões, reportando crescimento pela primeira vez em 9 anos; o avanço foi de 0,5%.

De outro lado, as receitas dos serviços de Fibra encerraram o 4T21 em R$ 801 milhões, uma alta de 66,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre 2020 e 2021, as receitas de fibra da Oi cresceram 110,9% para R$ 2,767 bilhões, atingindo 64% de participação no mix da receita do Residencial. "Este desempenho consolidou o turnaround do segmento, além de ter demonstrado o acerto no caminho estratégico adotado pela Companhia, com foco em um negócio de crescimento, bem como a sua capacidade de execução operacional", explica a Oi.

Por sua vez, o Ebitda da Oi foi de R$ 1,612 bilhão no 4T21, representando aumento de 8,1% em relação ao 4T20 e de 10,4% na comparação com o 3º trimestre de 2021 (3T21).

Os custos e despesas operacionais (Opex) de rotina, incluindo as operações internacionais, totalizaram R$ 2,959 bilhões no 4T21, apresentando uma queda tanto na comparação anual (-9,9%) quanto na trimestral (-3,3%).

"Como parte do plano estratégico de transformação, a Oi continua atuando fortemente nas frentes de redução de custos, simplificação operacional, eficiência e transformação digital, preparando a Companhia para se tornar mais leve, ágil e centrada na experiência do cliente após essa fase de transição operacional", disse a Oi, que acaba de vender sua unidade de ativos móveis.

Os investimentos (Capex) feitos pela Oi, considerando as operações internacionais, totalizaram R$ 1,951 bilhão no 4T21, apresentando crescimento de 12% em relação ao 4T20 e de 7,5% comparado ao 3T21. Entre 2020 e 2021, o Capex aumentou 2,8% para R$ 7,525 bilhões, sendo R$ 5,923 bilhões em investimentos em fibra.

Em 2021, o fluxo de caixa operacional foi negativo em R$ 2,030 bilhões, ante R$ 1,4 bilhão em 2020. Segundo o balanço, a Oi fechou 2021 com uma dívida líquida de R$ 32,573 bilhões, sendo um aumento frente ao endividamento de R$ 21,7 bilhões registrado no final de 2020.

- Veja na íntegra o relatório de resultados da Oi no 4T21 e em 2021.

Após a divulgação adiada do 4T21, a Oi deve agora divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22), já no dia 12 de maio, após o fechamento do mercado.

Oi (OIBR3) conclui vendas em 2022

A Oi, que segue em recuperação judicial, anunciou em 20 de abril que todas as condições precedentes previstas foram atendidas e assim a alienação da UPI Ativos Móveis às Compradoras Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro havia sido concluída. A empresa vendeu seus ativos móveis, incluindo a base de clientes, por R$ 15,9 bilhões.

Outro evento relevante no 1T22 foi a aprovação pelo Conselho de Administração da Oi, em 21 de janeiro, da proposta de celebração de contrato de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) entre a Globenet Cabos Submarinos, que comprou parte da unidade de fibra óptica, e a V.tal, no valor de até R$ 1,5 bilhão.

Após o 1T22, destaca-se também que em 28 de abril de 2022, a Oi vendeu e transferiu sua base de clientes pós-pagos de DTH, em continuidade à sua estratégia de desinvestimento do negócio de TV por assinatura, à SKY, empresa de TV por assinatura.