A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, divulgou o relatório de resultados referentes ao segundo trimestre deste ano (2T21), bem como do primeiro semestre (1S21), em 27 de julho, conforme o calendário corporativo da empresa. Segundo o balanço, a Telefônica registrou um lucro líquido de R$ 1,345 bilhão no 2T21, sendo um crescimento de 20,9% na comparação com o mesmo período de 2020.

Já no primeiro semestre de 2021, o lucro líquido da companhia totalizou R$ 2,287 bilhões, sendo um leve aumento de 0,9% em relação ao primeiro semestre de 2020.

Telefônica tem receita de R$10,6 bi no 2T21; alta de 3,2%

Entre abril a junho de 2021, a receita operacional líquida da empresa de telecomunicações atingiu R$ 10,649 bilhões, o que representa uma alta anual de 3,2%. O destaque é das chamadas receitas core -, cujo cálculo não considera números de voz fixa, bem como das tecnologias xDSL e DTH -, que somaram R$ 9,4 bilhões no 2T21 com aumento de 8,2% em relação ao segundo trimestre de 2020.

Segundo o relatório, no primeiro semestre de 2021 (1S21) a dona da Vivo obteve uma receita operacional líquida de R$ 21,498 bilhões, o que significa crescimento de 1,7% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado.

Outros indicadores financeiros

A Telefônica Brasil gerou um ebitda recorrente de R$ 4,226 bilhões no segundo trimestre (2T21), sendo uma alta de 3% frente ao mesmo período de 2020. De outro lado, a margem do indicador ebitda recorrente caiu 0,1 ponto percentual no 2T21, aos 39,7%.

Segundo a empresa, "o bom desempenho reflete a expansão das receitas líquidas totais de 3,2% a/a e o controle contínuo de custos por meio da digitalização e eficiência operacional".

Já no primeiro semestre de 2021 (1S21), o ebitda recorrente da companhia ficou em R$ 8,681 bilhões, representando um crescimento de 1,7% frente ao 1S20, assim como pode ser visto na tabela abaixo onde também constam outros dados financeiros:

Fonte: RI/Telefônica.
Fonte: RI/Telefônica.

Outro importante indicador anunciado, o fluxo de caixa livre da Telefônica atingiu R$ 1,868 bilhão no segundo trimestre de 2021, mas sendo uma queda de 32,6% em relação à geração de caixa do segundo trimestre de 2020. A companhia disse pelo relatório que o resultado ainda reflete uma "gestão financeira eficiente".

A dívida bruta da Telefônica chegou a R$ 1,817 bi no 2T21 ante R$ 1,880 bilhão do primeiro trimestre deste ano. Entre o 2T20 e 2T21, o endividamento da empresa caiu 60% após pagamento e liquidação de empréstimos e financiamentos.

Também segundo o relatório, os custos totais recorrentes da companhia do 2T21 foram de R$ 6,423 bilhões em aumento anual de 3,4%, ficando abaixo da inflação de 8,3%, destaca a empresa.

- Veja o relatório de resultados da Vivo (VIVT3) na íntegra.

Produtos digitais da Vivo

A Telefônica (Vivo) tem investido fortemente na digitalização da companhia, por meio de aquisições e parcerias estratégicas e lançamentos de produtos digitais. Um deles é o Vivo Money, serviço de crédito pessoal digital cuja base de contratos e o valor concedido dobrou em comparação ao primeiro trimestre deste ano. Veja abaixo outros produtos digitais e seus respectivos destaques do 2T21:

  • Vivo Pay: conta digital gratuita lançada pela Vivo, "apresentou taxas de ativação expressivas e mais de 30% dos clientes ativos cadastraram uma chave Pix para realizar transações a partir do Vivo Pay", consta no relatório;
  • Vivo Itaucard: é o novo cartão de crédito da Vivo, que conta com cashback de até 10% em compras na empresa;
  • Vida V: é uma plataforma digital criada pela Vivo em parceria com a empresa Teladoc Health, que oferece serviços de saúde e bem-estar. O produto será lançado no segundo semestre deste ano;
  • Marketplace da Vivo: contou com aumento na diversificação de produtos, bem como no número de parceiros;
  • Parceria com a plataforma digital Dotz ampliada, com o objetivo de aumentar a fidelização e a rentabilização da base de clientes.
  • Parceria com a CDF ampliada: com o objetivo de ofertar serviços de suporte tecnológico para casa conectada, a partir do Vivo Guru.

Negócios core em alta: acessos pós-pago e tecnologia de fibra óptica FTTH

O primeiro destaque da Telefônica foi a linha de negócios core, que teve um "forte crescimento da base de clientes (...), consolidando a transformação da base de acessos da Companhia", consta no relatório.

No segundo trimestre de 2021, a Telefônica atingiu uma marca de 97 milhões de acessos no segmento, sendo uma quantia que ultrapassa a base do 2T20 em 5 milhões. Além disso, também apresentaram aumento os acessos pós-pago que totalizaram 47 milhões no 2T21, representando 58,2% do total de acessos móveis, sendo então um importante ativo da empresa.

Por sua vez, a tecnologia de fibra óptica FTTH da Vivo atingiu 4 milhões de acessos no 2T21, sendo uma acentuada alta de 41,3% em relação ao período de abril a junho de 2020. "A cobertura de FTTH da Vivo está disponível em 293 cidades (+77 cidades desde o 2T20) e com 17,3 milhões de casas passadas (+4,3 milhões de casas passadas em 12 meses)", diz o relatório divulgado. A receita de FTTH atingiu R$ 1,1 bilhão no 2T21, sendo um salto de 49,7% em relação ao segundo trimestre de 2020.

Conforme a Telefônica, o aumento operacional em FTTH veio após uma soma líquida de 300 mil acessos do serviço à base da companhia no segundo trimestre de 2021.

JCP de VIVT3

Ao todo, a Telefônica Brasil, listada na bolsa de valores com a ação VIVT3, realizou uma distribuição de recursos aos acionistas de R$ 1,3 bilhão até o final de junho deste ano, em forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP ou JSCP), o que representa um dividend yield de 7,7% considerando os últimos doze meses.