No ano de 2021, ocorreu um crescimento de 0,8% nas vendas do varejo brasileiro. Sendo assim, o valor está 13,3% abaixo do patamar de vendas visto em 2019, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em suma, as vendas no varejo, descontada a inflação, aumentaram 3% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2020, de acordo com o levantamento.

Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, ocorreu uma alta de 14,6% no mês. Segundo a Cielo, os efeitos de calendário ajudaram para o crescimento. Em dezembro, havia uma sexta-feira a mais, e uma terça-feira a menos, dias em que históricamente registra-se mais e menos compras, respectivamente.

De acordo com Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo, o Natal também auxiliou para o resultado final: "Dezembro registrou o segundo mês de alta consecutiva nas vendas. Esse cenário pode ser atribuído ao desempenho do Natal de 2021, que apresentou vendas mais fortes que as verificadas em 2020 e de um comércio mais ativo que o verificado em 2020".

Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, mostrou uma alta de 10,06% no acumulado dos últimos 12 meses. Inclusive, teve uma alta de 0,73% em dezembro.

Em suma, o setor de transportes foi o grande destaque, por conta da alta dos combustíveis. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 11,3%, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.

Setores

Ao descontar a inflação, e com o ajuste de calendário, os macrossetores de bens não duráveis e serviços tiveram uma alta na passagem mensal. Por outro lado, os macrossetores de bens duráveis e semiduráveis e serviços recuou um pouco.

No que diz respeito aos bens não duráveis, os supermercados e hipermercados ajudaram na aceleração. Já em serviços, o destaque que auxiliou na aceleração, foi o segmento de alimentação - bares e restaurantes. Já no que diz respeito ao macrossetor de bens duráveis e semiduráveis, a categoria de móveis, eletro, e departamento, teve a maior desaceleração.

Crescimento por regiões

Segundo o ICVA deflacionado, e com ajuste de calendário, 4 regiões tiveram crescimento em relação a dezembro do ano anterior. Em suma, a região Norte teve uma alta de 5,6%. Em seguida, está a região Sul (+4,2%), Sudeste (+1,6%), e o Centro-Oeste (+1,1%).

Ademais, a única região que registrou queda nas vendas, foi o Nordeste (-1,9%). Além disso, pelo ICVA nominal, que não leva em conta o desconto da inflação, e com o ajuste de calendário, a região Sul teve alta de 15,2% nas vendas. Em seguida aparecem: Norte (+13,5%); Sudeste (+12,7%); Centro Oeste (+11,6%) e Nordeste (+10,7%).