O Grupo Fleury (FLRY3), do setor de medicina, divulgou no último dia de outubro o balanço dos seus resultados referentes ao 3º trimestre de 2020 (3T20), mostrando um lucro líquido de R$ 132,1 milhões, o que representa alta de 45% em relação a esse período do ano anterior.

Ainda assim, no primeiro pregão do mês de novembro, as ações recuaram 1,9%, cotadas a R$ 26,80; já no ano de 2020 a queda é de 13%, no acumulado de janeiro a novembro, em meio a pandemia.

Ainda, assim, após um segundo semestre fraco afetado pela pandemia, nos nove primeiros meses de 2020 (9M20), o lucro líquido é de R$ 117,5 milhões, retração de -54,2% na comparação com os 9M19.

Por sua vez, a receita líquida do Grupo Fleury foi de R$ 874,6 milhões no 3T20, o que é uma alta de 15,7% frente ao terceiro trimestre de 2019. Com a retomada das atividades nesse trimestre, o Fleury - que atua há 94 anos - disse que em poucas vezes "teve um período de tanto crescimento quanto o terceiro trimestre deste ano".

A Fleury é mais uma forte investidora em plataformas digitais em meio à pandemia da covid-19, que atrapalha as compras em lojas físicas. Os serviços de telemedicina da empresa saltaram 50% nesse terceiro trimestre.

O indicador Ebitda atingiu R$ 323,8 milhões no 3T20, valorizando-se em 35,7% frente a esse período do ano passado. Já o retorno sobre o capital investido (indicador ROIC) foi de 29,7% no terceiro trimestre de 2020.

As despesas gerais e administrativas ficaram em R$ 59,5 milhões no 3T20, mostrando redução de -7% na comparação com esse trimestre do ano anterior. "Os principais efeitos positivos estão relacionados ao aproveitamento de créditos previdenciários e menores despesas de marketing, parcialmente mitigados por maiores custos com consultorias", explicou a empresa pelo release.

Dívidas da Fleury aumentaram

Conforme o documento publicado, a dívida bruta no 3T20, composta por debêntures, financiamentos e aquisições, somou R$ 2 bilhões, em uma alta de 76,2% em relação ao terceiro trimestre de 2019.

Em sua vez, a quantia de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários ficou em R$ 1,2 bilhão no 3T20, o que é um forte salto de 160,9% quando comparado com o 3T19.

Pelo documento divulgado, a empresa explicou que, em meio às incertezas da pandemia da covid-19, "executou medidas com o foco de estabelecer uma posição de caixa ainda mais robusta em caráter preventivo, de modo a garantir que possa atravessar este período suprindo as necessidades que possam surgir".

Na mesma comparação com 2019, o endividamento líquido passou de R$ 691,4 milhões para R$ 826 milhões no terceiro trimestre de 2020.