O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é um tipo de ativo em que o investidor consegue virar sócio de um prédio ou shopping, sem grandes aportes.

O FII é interessante também para os investidores iniciantes, visto que os Fundos possuem gestores que são os responsáveis por realizar as alocações de capital.

Desta forma, o FII é um tipo de ativo legal para quem quer diversificar a carteira e/ou desbravar outros mercados. Se é seu caso, veja abaixo mais informações sobre os Fundos Imobiliários e confira a carteira recomendada pelo BTG Pactual em dezembro:

Carteira FII: BTG recomenda 13 ativos em dezembro; DY de 9%

O BTG Pactual é um renomado banco de investimentos que possui várias carteiras recomendadas públicas. Uma delas é sobre os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

"A carteira tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de FIIs após um profundo processo de análise e avaliação de qualidade dos ativos. Buscamos equilibrar o nosso portfolio com fundos que possuam estratégias complementares, proporcionando, além da diversificação setorial, exposição a diferentes regiões do país. Iniciamos nosso processo de escolha a partir de análise setorial macroeconomica, além da avaliação do portfólio do fundo em termos de: (i) qualidade e localização dos ativos; (ii) microeconomia da região; (iii) perfil dos locatários/devedores; e (iv) análise dos contratos e garantias", explicam os especialistas do BTG Pactual.

Em dezembro, os especialistas do BTG Pactual decidiram manter os mesmos ativos que estavam recomendados em novembro. O destaque segue sendo do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), focado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que segue com a maior participação na carteira, de 17,5%.

Ao todo, a carteira de FII do BTG Pactual é composta por treze ativos que registram juntos um Dividend Yield anualizado de 9%. Do total, 45% dos ativos estão expostos ao mercado de recebíveis; Veja abaixo quem são os 13:

Carteira Recomendada de Fundos Imobiliários
Código do FII Peso Segmento Dividend Yield Anualizado
RBRR11 12,5% Recebíveis 11,5%
BTCR11 12,5% Recebíveis 10,8%
KNCR11 17,5% Recebíveis 7,9%
FEXC11 2,5% Recebíveis 12,2%
XPLG11 5% Galpões Logísticos 8,5%
VILG11 7,5% Galpões Logísticos 8,7%
HSLG11 7,5% Galpões Logísticos 8,8%
BRCO11 5% Galpões Logísticos 8,4%
RBRP11 6% Híbrido 7,9%
BRCR11 5% Lajes Corporativas 8,6%
RCRB11 9% Lajes Corporativas 8,2%
HGRE11 5% Lajes Corporativas 6,9%
VISC11 5% Shopping Centers 7,7%
Total/Média 100% 9%
Fonte: Relatório/BTG Pactual.

- Veja aqui a carteira de FII do BTG Pactual em dezembro.

O que é um FII?

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é, como o nome sugere, uma aplicação financeira cujos ativos estão atrelados a imóveis. É como se fosse um condomínio de acionistas cujo objetivo é investir no desenolvimento e manutenção de projetos ligados ao setor imobiliário. A principal forma de ganho com esse ativo é a distribuição do lucro obtido pelos empreendimentos em forma de dividendos, mas o investidor também ganha com a valorização dos ativos no mercado financeiro. Existem vários tipos de FII, sendo:

  • Fundo Imobiliário (FII) de Tijolo: são fundos de imóveis físicos, que geralmente têm como renda o aluguel dos empreendimentos. Também envolve a construção e compra de novos imóveis. São exemplos de ativos de FII de tijolo os shopping centers, supermercados, galpões logísticos, escritórios de empresas e universidades;
  • Fundo Imobiliário (FII) de Papel: esse tipo de fundo imobiliário compra títulos financeiros (papéis), ao invés de imóveis físicos, mas que estejam ligados ao setor imobiliário. É o caso de cotas de outros FII's, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), ações de empresas do setor, dentre outros;
  • FII híbrido: aqui o gestor do fundo investe tanto em imóveis físicos (de tijolo) quanto em cotas de fundos imobiliários;
  • Fundo de Fundo (FOF): já os FOF's são compostos de cotas (partes) de outros fundos imobiliários.

Desta forma, com um FII, é possível investir no mercado imobiliário sem a compra de um imóvel sequer. Isso porque nesse tipo de ativo o investimento em empreendimentos acontece por meio de aquisição de cotas do Fundo. O investidor, por sua vez, terá direito a proventos, de forma proporcional à participação.

Com a venda das cotas do fundo, os administradores do FII podem aportar o dinheiro levantado em uma série de medidas, como aquisições de mais imóveis e/ou de papéis ligados a outros ativos do setor.