Quem se preocupa a respeito de seu futuro financeiro, provavelmente já pensou sobre começar a investir. Entretanto,isso é algo que parece muito distante para algumas pessoas. Apesar disso, há muitos meios de fazer aplicações, que vão desde as mais simples e conservadoras até as mais sofisticados e arriscadas.

Sendo assim, é fundamental escolher o seu próprio caminho e dar os primeiros passos para poder alcançar o plano de quem espera ter uma vida mais confortável. Pensando nisso, vamos te apresentar abaixo, um guia para quem deseja começar a investir no Brasil. Dessa forma, você vai poder fazer o seu dinheiro render, e assim, alcançar sonhos e objetivos pessoais.

Relação entre risco e retorno

Antes de mais nada, é importante dizer que é mito o pensamento de que é preciso ter muito dinheiro para poder investir. Ou seja, você pode investir aos poucos e regularmente, mesmo que um pequeno valor.

Dito isso, é importante dizer que cada investimento tem uma estimativa de retorno diferente. Isso se dá porque existe a relação entre risco e retorno.

De forma geral, quanto maior for o risco de um investimento, maior é o seu retorno estimado. O contrário também é verídico: os investimentos com um risco baixo tendem a ter um retorno baixo. A questão é que investimentos com alto retorno são mais arriscados porque eles também podem resultar em prejuízos altos, perdas altas.

É o caso das ações, por exemplo, que podem se valorizar ou desvalorizar muito. Se o preço sobe, ganha-se muito. Se o preço desce, perde-se. Por isso, é importante comparar o mercado de ações com os investimentos de renda fixa, por exemplo.

É importante saber qual o melhor caminho pra você de acordo com os riscos que você está disposto a correr e os ganhos que espera obter.

Quais os tipos de investimentos existentes?

O mercado financeiro conta com muitos ativos disponíveis. Cada um tem características específicas para atender os mais diferentes objetivos. A maioria deles se classificam como investimentos de renda fixa e renda variável.

Renda Fixa

Se enquadram nesse grupo os investimentos nos quais a forma de cálculo da remuneração se definem desde o instante da aplicação. Ao investir em um título desse tipo, o investidor empresta dinheiro ao emissor. Esse pode ser o governo (se o investimento for um título público) ou empresas e bancos.

Em suma, a sua estimativa é ganhar de volta, no futuro, o valor aplicado mais juros. Todas as condições são acertadas antes do investimento ocorrer. Na renda fixa, é possível achar as melhores opções de investimentos para iniciantes.

Renda Variável

A renda variável têm retorno imprevisível quando a pessoa inicia o investimento. Em suma, a remuneração que oferecem muda de acordo com as condições do mercado - o oposto ao da renda fixa, no qual o cálculo do rendimento é conhecido desde o começo.

Sendo assim, na renda variável, não é possível ter certeza de nada. Assim como é possível ganhar, também é possível perder. Diante disso, os investimentos em renda variável não são indicados aos investidores iniciantes.

Renda híbrida

Existem também aplicações hibridas, ou seja, que tem um valor fixo de retorno + um valor variável. São os casos dos título públicos, por exemplo, que rendem uma porcentagem + Selic, ou uma porcentagem + inflação.

Como começar a investir?

Abaixo, veja o passo a passo de como começar a investir:

1. Determine os seus objetivos

Por que você está economizando dinheiro? Você pretende atingir o seu objetivo a curto, médio ou a longo prazo? Para cada um dos casos, há uma forma de investir:

  • Investimento de curto prazo: costumam ter duração de até um ano. Nesses casos, a recomendação é de aplicações com liquidez diária. Além disso, é uma boa opção para quem quer fazer a sua reserva de emergência, pois é um dinheiro que sempre estará disponível.
  • Investimento de médio prazo: costumam ter duração de até 5 anos. Nesse caso, algumas pessoas costumam aplicar parte do dinheiro em produtos de risco moderado, com alguma volatilidade, ou que não tenham liquidez diária.
  • Investimentos de longo prazo: costumam ter duração de acima de 5 anos. Nesse caso, é possível investir em ativos mais longos e com maior volatilidade - o que implica maior risco de mercado.

2. Escolha o valor que vai ser investido todo mês

Analise o seu orçamento e veja quanto poderá aplicar em produtos financeiros. Estipule um valor fixo e inclua na sua planilha mensal de gastos. Separe o valor logo que ganhar a sua renda e o direcione ao investimento da sua preferência.

3. Descubra o seu perfil de investidor

Após definir objetivos e valor a investir, é importante determinar qual o seu perfil de investidor. Ou seja, você precisa pensar o quanto está disposto a apostar o seu dinheiro e arriscar perder ou ganhar. Essa escolha é determinante.

Em geral, as instituições financeiras costumam fazer essa análise por meio de um questionário com algumas perguntas sobre os objetivos do cliente e a sua tolerância ao risco. Com as respostas do investidor, é possível classificar o mesmo em uma das 3 categorias existentes. São elas:

  • Conservadores: são os investidores com baixa tolerância a risco e que preferem investimentos com liquidez;
  • Moderados: desejam proteger o capital no longo prazo, e estão mais dispostos a investir parte dos recursos em produtos com algum nível de risco;
  • Agressivos: toleram o risco. Sendo assim, o investidor está disposto a se arriscar. Dessa forma, ele pode perder mais ou ganhar mais.

Ademais, vale ressaltar que as categorias podem mudar ao longo da vida do investidor. Sendo assim, é importante ter clareza da sua tolerância ao risco em cada fase, para fazer os investimentos mais adequados em cada momento.

4. Estude sobre investimentos e escolha uma carteira a partir dos seus objetivos e perfil

Após realizar os passos acima, está na hora de aplicar os valores. Sendo assim, estabeleça uma carteira de investimentos diversificada. Dessa forma, é possível reduzir os riscos das aplicações.

Também é necessário acompanhar as alterações no cenário econômico e do mercado financeiro. É dito isso, pois elas podem impactar sobre as suas decisões de investimentos. O rebalanceamento da carteira é uma prática que deve ser feita com frequência.

5. Abra uma conta em uma corretora

Por fim, é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores. Em suma, elas são as instituições financeiras autorizadas a ganhar as ordens de compra ou de venda de ações dos clientes e executar as operações na B3 em virtude deles. Porém, a bolsa de valores não é a única opção de investimento.

O número de produtos financeiros que as corretoras disponibilizam é uma das grandes vantagens em relação aos bancos. Como elas são especialistas nisso, elas podem capturar no mercado e ofertar muitas opções aos seus clientes. E isso permite aos investidores, achar as mais adequadas aos seus próprios perfis.

Além disso, as taxas cobradas pelas corretoras costumam ser mais baixas em relação aos bancos. Inclusive, muitas isentam algumas tarifas mais comuns, como a de custódia.