O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do primeiro mês de 2022. Em suma, a inflação caiu para 0,54% em janeiro, já que em dezembro, o índice estava em 0,73%.

Apesar disso, esse foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016, quando chegou a 1,27%. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador teve uma alta de 10,38%, patamar superior aos 10,06% registrados no período anterior. Já em janeiro de 2021, a variação mensal ficou em 0,25%.

De acordo com André Filipe Almeida, analista da pesquisa, o resultado foi influenciado, em especial, por alimentação e bebidas (1,11%). E isso, provocou o maior impacto no índice do mês (0,23 ponto percentual).

Inflação de janeiro é o maior resultado para o mês desde 2016

Segundo André Filipe Almeida,

"Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%), que, embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 pp [ponto percentual] e 0,03 pp, respectivamente".

E assim, pelo 11º mês consecutivo, os preços do café moído aumentaram, desta vez, 4,75%. Dessa forma, acumulou uma alta de 56,87% nos últimos 12 meses.

Ademais, houve destaque também para a cenoura (27,64%), cebola (12,43%), batata-inglesa (9,65%) e tomate (6,21%). Contrário a isso, houve queda nos preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).

Enquanto isso, o grupo dos transportes teve uma redução de 0,11%, que é o de maior peso no IPCA, a inflação oficial do Brasil, ajudou para a desaceleração do indicador em janeiro. Já em dezembro, ele tinha tido uma alta de 0,58%. Esse foi o único dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados a ter diminuição no mês de janeiro.

De acordo com Almeida, "A queda no grupo de transportes foi influenciada, principalmente, pela deflação observada nas passagens aéreas, que haviam subido em dezembro e também pelo recuo dos combustíveis, especialmente na gasolina e etanol".

INPC também registra elevação

Enquanto isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,67% no mês de janeiro. O resultado ficou abaixo do mês anterior: 0,73%. Essa foi a maior variação para o mês desde 2016. A alta foi de 1,51%.

Já nos últimos 12 meses, o indicador soma uma alta de 10,60%. Dessa forma, ficou acima dos 10,16% observados no período anterior. No mês de janeiro de 2021, a taxa chegou a 0,27%.

Por fim, os preços dos produtos alimentícios aumentaram 0,76% em dezembro, indo para 1,08% no mês de janeiro. Já os não alimentícios tiveram um aumento menos intenso que a do mês anterior, e saíram de 0,72% em dezembro para 0,54% no mês de janeiro.