Quem busca produtos financeiros para investir sabe que há tempos a poupança não vale a pena. É dito isso, pois a mesma apresenta uma rentabilidade muito baixa em relação à inflação, por exemplo, e também em relação a outras opções disponíveis no mercado

Uma dessas opções é o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Em suma, existem ofertas de CDB de todos os tipos, de muitos bancos, com rendimentos diferentes. E é exatamente por isso que é importante conhecer esse tipo de aplicação, para saber qual é a melhor opção para cada investidor.

Pra te ajudar, o Poupar Dinheiro traz abaixo um resumo do que é o CDB, quais os tipos e se vale a pena ou não colocar dinheiro nisso.

O que é CDB?

Para que os bancos funcionem eles precisam captar e empresar dinheiro constantemente. E uma das formas que os bancos têm de conseguir dinheiro é solicitando empréstimos. Sim, você leu certo. Banco também fazem emprestimos, seja com outros bancos, com o governo ou ainda com pessoas físicas.

E é exatamente nessa última opção que entra o CDB. Ele nada mais é do que uma modalidade de empréstimo de pessoas físicas aos bancos. O Certificado de Depósito Bancário leva esse nome, inclusive, porque ele funciona como um documento que comprova esse empréstimo feito ao banco.

Parece um pouco complexo? Mas na verdade não é, não! Você sabia que quando você deposita dinheiro em uma poupança, você está fazendo um empréstimo desse dinheiro para o banco? Em troca, o banco te paga juros todos os meses por isso. O CDB funciona da mesma forma, porém, com uma rentabilidade um pouco melhor,

Então, como todo o empréstimo, há juros e taxas envolvidos. Só que nesse caso, quem paga os juros são os bancos. Ou seja, você empresta o seu dinheiro ao banco, e em troca, ele devolve o dinheiro + juros.

Tipos de investimentos em CDB

Não há somente um tipo de investimento em CDB. E o que difere os CDBs é a forma como os rendimentos são entregues aos investidores. Ou seja, a taxa de juros que remunera o investimento. Há 3 tipos de CDB: os prefixados, os pós-fixados e os híbridos  (que pagam juros + inflação).

Abaixo, confira um breve resumo sobre cada um:

1. CDB prefixado

Um CDB prefixado é um tipo de aplicação que rende uma taxa fixa ao ano. Nesse caso, no momento da aplicação, você descobre qual será o rendimento dele. Sendo assim, se você contratar um CDB de 10% ao ano com o prazo de um ano, ao final do contrato você receberá 10% a mais do dinheiro que investiu.

Ademais, se você investir em um CDB de 5 anos, que paga 17% ao ano, no final do período você vai receber um ganho bruto de 119,24%.

2. CDB pós-fixado

A maioria dos CDBs que você vai achar no mercado são os chamados CDB DI, ou CDB CDI. Nesse caso, para ficar no azul ao final do dia, ao invés de tomar um empréstimo de outro banco, o banco pega emprestado da pessoa física. E para isso, ele oferta taxas que são um percentual do CDI.

Sendo assim, há banco que oferece CDB a 70% do CDI, por exemplo. Nesse caso, se o CDI é 10%, você ganha 70% disso, que seria 7% de juros.

3. CDB híbrido

Por fim, o CDB híbrido é uma mistura de pré e pós-fixado. Nesse caso, há a oferta prefixada mais uma variável - geralmente o IPCA. Dessa forma, assim como o CDB pós-fixado, esse título pode sofrer oscilações na rentabilidade.

Assim, se você escolher um CDB que oferta 5% + IPCA (sendo esse em 6% ao ano, por exemplo), você vai receber um retorno de 11% sobre o valor investido por ano.

Vantagens x Desvantagens do CDB

Dentre as vantagens do CDB, é possível citar:

  • Ele conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Sendo assim, o investir que tiver até esse valor investido, tem a garantia de que no caso de calote ou extinção da instituição, não corre o risco, e tem o seu dinheiro garantido.
  • Opção por liquidez diária: algumas modalidades possibilitam resgatar o dinheiro com mais rapidez, sem perdas. No caso de investimentos sem esse recurso, o resgate ainda é permitido. Entretanto, o investidor pode perder parte dos rendimentos.

Por outro lado, entre as desvantagens, é possível citar o pagamento do Imposto de Renda. Nesse tipo de investimento, quanto maior o tempo que a pessoa deixar o dinheiro investido, menos imposto ele vai pagar. Por outro lado, quanto menos tempo o dinheiro fica investido, maior é o imposto de renda.

As taxas funcionam assim:

  • Ao deixar o dinheiro investido por até 6 meses, a pessoa paga 22,5% de imposto;
  • De 6 meses até 12 meses: 20% de imposto;
  • De 12 meses a 2 anos: 17,5% de imposto;
  • Acima de 2 anos: 15% de imposto.

Vale a pena investir em CDBs? Quanto rende?

Atualmente, a alta da taxa básica de juros eleva a atratividade dos CDBs. É dito isso, pois grande parte desse tipo de título tem a sua rentabilidade relacionada direta ou indiretamente ao CDI e consequentemente à Selic, já que ambas as taxas caminham juntas.

Nesse cenário, os ativos de renda fixa atrelados aos CDBs podem render entre 13% a 15% ao ano. Para essas modalidades, a garantia é que ocorra um retorno maior de 7,5% de juros - superiores em relação ao IPCA.

Abaixo, confira alguns exemplos de bancos que ofertam CDBs:

  • Banco XP: 230% do CDI;
  • Sofisa Direto: 110% do CDI;
  • BMG Invest Digital: 110% do CDI;
  • Banco Bari: 110% do CDI;
  • Paraná Banco: 101% do CDI;
  • Banco Pan: 103% do CDI;
  • Banco Pine: 103% do CDI;
  • BTG Pactual: 103% do CDI;
  • C6 Bank: 102% do CDI;
  • Banco Inter: 100% do CDI;
  • PagBank: a partir de 110% do CDI;
  • Mercado Pago: 100% do CDI;
  • Banco Digio: 100% do CDI;
  • Banco Itaú - 90% do CDI.

Ademais, como dito acima, o investidor conta com a garantia do FGC nos investimentos de renda fixa. E assim, essa precaução permite maiores rendimentos, já que o investimento não é submetido ao come-cotas.

A partir disso, cabe ao investidor decidir se vale a pena ou não, investir em CDBs em 2022. Porém, fica a dica de que no mundo de investimentos, é fundamental diversificar o portfólio. Com bastante opção de investimentos na carteira, é possível alcançar um retorno ainda maior das suas aplicações.