Na última quarta-feira, 4 de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou uma nova alta na taxa básica de juros. Assim, a taxa agora é de 12,75% ao ano. Ou seja, houve uma alta de 1 ponto-percentual sobre o patamar anterior.

A partir disso, muitos investidores buscam alternativas para fazer com que o seu investimento valha a pena, após a alta da Selic. Dentre as opções, estão as aplicações de renda fixa, que passam a ofertar retornos perto de 1% ao mês.

Em suma, os rendimentos assim foram vistos há mais de 5 anos, quando a taxa chegou a 14,25% ao ano. Sendo assim, confira a seguir, os melhores investimentos atualmente.

Com a alta da Selic, quais os melhores investimentos?

Abaixo, confira a lista dos melhores investimentos diante do aumento da Taxa Selic:

A) Títulos de renda fixa

A partir do aumento da Selic, os títulos de renda Selic ou ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), um indicador cujo valor é muito perto ao da Selic, são favorecidos.

Os investimentos incluem o Tesouro Selic, cujo o rendimento é indexado à taxa básica de juros, somada a um pequeno percentual adicional definido no instante do investimento. Atualmente, a rentabilidade anual do Tesouro Selic com vencimento em 2025, é de 12,88% (Selic + 0,1374%).

Além disso, há os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). Os mesmos são atrelados ao CDI quando são do tipo pós-fixado.

B) Fundos de renda fixa

Do mesmo modo que os títulos do Tesouro Direto são favorecidos pela elevação da Selic, os fundos de renda fixa também são. O que difere é que eles agrupam diversos títulos em uma única aplicação. Além disso, os recursos dos investidores são administrados juntamente com um gestor profissional.

Para que um fundo seja considerado renda fixa, pelo menos 80% do seu portfólio deve se dedicar aos ativos como CDBs, títulos do Tesouro Direto, letras de crédito, entre outros. Ademais, eles também podem incluir papéis com maior risco de crédito. Tais como debêntures, e usar os derivativos de forma a proteger os investimentos.

Há dois tipos de fundos de renda fixa que merecem atenção com a elevação da Selic: os fundos simples, que destinam 95% da carteira a títulos públicos, bem como os fundos referenciados, que atrelam o rendimento a um índice de referência, como a Selic ou o IPCA.

Além disso, os fundos podem se diferenciar conforme o prazo de vencimento dos títulos presentes nele, sendo subdivididos em curto, médio e longo prazo. Ou ainda, apresentando duração livre. Entretanto, é necessário destacar que a há a incidência de taxas de administração e de performance nos fundos de renda fixa, além do imposto de renda, que segue a tabela regressiva.

C) ETFs de renda fixa

Outra forma de diversificar os seus investimentos e aproveitar a elevação da Selic, é por meio de ETFs (fundos de índices). Ao invés de contarem com uma gestão ativa, os fundos são elaborados para replicar um índice, como os índices da Anbima, ou o S&P/BM&F Índice de Futuros de Taxa de Juros - DI 3 anos, por exemplo.

Há 7 tipos de ETFs de renda fixa na B3, que contam com estratégias diferentes:

  • FIXA11: possibilita a exposição aos contratos futuros da taxa DI de 3 anos, e reflete as estimativas do mercado em relação à evolução da taxa Selic;
  • IRFM11: faz investimento em em títulos prefixados, como LTN (títulos do Tesouro Direto do tipo prefixado) e NTN-F (títulos do Tesouro prefixados com juros semestrais);
  • B5MB11, IB5M11, IMBB11, IMAB11 e B5P211: os mesmos investem em títulos do Tesouro Direto atrelados ao IPCA. Além disso, possuem prazos de vencimento diferentes.

Por fim, a vantagem em relação aos fundos de renda fixa é que os ETFs contam com taxas de administração menores. E eles são tributados com a alíquota de 15% sobre os rendimentos, independente do prazo da aplicação.