O S&P 500 é um índice muito importante dentro do mercado de ações, mas ainda muito pouco abordado no Brasil e pouco conhecido, mesmo pelos investidores. Basicamente, o S&P 500 é um índice cuja função é parecida com o Ibovespa do mercado norte-americano.

Mas é claro que existem algumas diferenças entre os dois índices, deixando o assunto ainda mais confuso. Vamos entender melhor o que é o índice S&P 500 e como investir nele do Brasil.

O que é o Índice S&P 500?

Assim como o Ibovespa (maior índice de desempenho da Bolsa de Valores brasileira), o S&P 500 é um indicador que mede o desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores, correspondente às 500 ações mais negociadas nas bolsas NYSE e Nasdaq.

A sigla S&P significa "Standards and Poor's" e foi criada em 1957. Desde então, o S&P 500 tornou-se o parâmetro-chave para a avaliação das empresas dentro do mercado norte-americano.

Ele ajuda a acompanhar todos os mercados de ações do mundo e é uma referência para que os investidores estudem seus retornos financeiros. Portanto, as ações que acompanham ou superam o índice são consideradas bons investimentos.

Algumas empresas como a Amazon, Apple, Facebook e Microsoft são alguns exemplos de empresas S&P 500 que são bem conhecidas no Brasil.

Como funciona o índice S&P 500?

Uma vez a cada mês, o U.S. Index Committee, composto por executivos da S&P Dow Jones, se reúne para avaliar como está o desempenho do índice em relação ao mercado mundial.

A partir disso, eles discutem quais as empresas que devem estar incorporando ou sendo retiradas da lista. Dentro de três meses a atualização oficial é publicada.

No entanto, as seguintes características são necessárias para ser considerada para o índice são:

  • Liquidez de mais de 1 ponto na razão de valor anual para capitalização de mercado;
  • Mais de 50% da emissão total de papéis com o poder público;
  • Resultados positivos em pelo menos quatro trimestres sucessivos;
  • Uma classificação de peso dentro do setor;
  • Capital aberto com pelo menos 6 meses de antecedência;
  • Ser norte-americana ou domiciliada nos Estados Unidos.

A S&P 500 tem uma carteira teórica acompanhando as capitalizações das empresas que a compõem, isso significa que o valor total das ações é emitido por cada uma. O valor agregado da S&P 500 é maior que US$26 trilhões de dólares, ou 80% do mercado de ações norte americano.

Como investir no S&P 500?

Por se tratar de um índice apenas de uma carteira teórica, é impossível investir nele diretamente. Isso acontece pelo fato de não haver um produto financeiro, apenas uma carteira de medida de desempenho.

Apesar disso, existem algumas formas de investir em retornos pelo S&P 500, são elas:

  • ETFs (Exchange Traded Funds): Alguns ETFs norte-americanos pagam dividendos em dólar. Para participar, o investidor adquire cotas desses fundos e a cotação sofre as variações conforme o portfólio. No Brasil, os fundos que replicam o S&P 500 são o SPXL11 e o IVVB11;
  • BDRs (Brazilian Depositary Receipts): são certificados de ativos estrangeiros negociados na B3 (Bolsa de Valores brasileira). Na verdade, eles são recibos que refletem o preço das ações. Isso significa que quem compra BDR está comprando recibos lastreados nas ações do exterior;
  • Contratos Futuros de Índice: são operações que consideram a própria pontuação com o passar do tempo. Por ser mais especulativo, são mais apropriados para operações de proteção de carteira.

Por que investir na Bolsa Americana?

Uma das principais vantagens de investir no S&P 500 é a diversificação da carteira, ainda mais em longo prazo, pois a queda de um único setor não tem um grande impacto nos investimentos. Durante momentos de queda é melhor ter pulverização do capital. Além do mais, pelo fato do índice lidar com as maiores organizações do mercado internacional, existem outras opções disponíveis que do mercado brasileiro.